Godofredo de Oliveira Neto e o ofício de escritor

         O escritor Godofredo de Oliveira Neto fará a palestra da primeira noite do 11º Seminário do GPLV. Para tratar do ofício de escritor, Godofredo discorrerá tendo por tema o seguinte mote: "Verbo e Travessia - Matéria de Memória no Romance Contemporâneo". O encontro será no dia 2 de maio, às 18h, na Sala 218 do Bloco C do Câmpus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense. A mediadora da mesa será o Prof. Dr. André Dias, líder do Lidis - Grupo de Pesquisa Literatura e Dissonância.

       Para abordar a proposta, Godofredo de Oliveira Neto alia a sua atividade de escritor, de modo a discorrer sobre sua produção literária, com sua atividade como docente de literatura, atividade que exerce na UFRJ, desde 1980, e na qual é professor titular, tendo se formado em Letras e em Relações Internacionais na França. Tem exercido funções e cargos no MEC e no Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

         Seus livros têm recebido diversos prêmios de relevância, inclusive uma recomendação em livro destinado ao público infantil e juvenil e um Jabuti, em 2006. Seu mais recentes livros são A Ficcionista, lançado em 2013, Ilusão e Mentira, de 2014, e Grito, lançado em 2016 e Prêmio de Romance do Ano de 2017 da Academia Catarinense de Letras. Eis um comentário sobre o último:

Como sujeitos premidos pelos limites, somos obrigados a escolher entre segurar as rédeas dos instintos ou, como cita Eugênia, à semelhança de certa raça de cavalos, romper com os dentes a veia da própria pata para aliviar a pressão. Como grande literatura, Grito não oferece solução, mas aponta na linguagem essa dúvida.
( < https://livreopiniao.com/2016/09/12/grito-novo-romance-de-godofredo-de-oliveira-neto/ >)

        Em entrevista em 2016 ao Rascunho, Godofredo afirmou que "nunca se vendeu tanto a alma ao diabo como nos dias atuais". Referia-se ao pacto fáustico das personagens de Grito, com óbvias ressonâncias ao referente histórico do Brasil contemporâneo e da civilização ocidental em seu período de alexandrinismo.

          Godofredo, nessa entrevista, também discorre - ao falar das personagens do romance - sobre o ofício do escritor: "O artista está a serviço da verdade e da liberdade".

          É sobre tal alicerce que o escritor falará no evento.


Obs: Editado em 28/04/2019 para atualização do nome do moderador.

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